Paisagens aquáticas celebradas ao longo dos séculos

LOCAL

Museu de Arte Contemporânea de Tóquio

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  O Museu de Arte Contemporânea de Tóquio está localizado na extremidade norte do Parque Kiba, uma área verde exuberante no bairro de Koto, na capital japonesa. Além das exposições especiais com obras de artistas contemporâneos do Japão e do exterior, o museu também se destaca pela rotatividade constante de um acervo que reúne cerca de 5.800 obras. Essas obras oferecem uma visão instigante da história da arte japonesa no pós-Segunda Guerra Mundial, organizadas em torno de diversos temas e abordagens.

  Embora seja uma galeria carismática, reconhecida por sua área de exposição em fluxo circular, não é exagero dizer que o grande destaque da estrutura está em seu amplo e impressionante hall de entrada. O já falecido Takahiko Yanagisawa, arquiteto responsável pelo projeto, certamente refletiu com sensibilidade sobre como estabelecer conexões visuais fluidas entre o parque e o museu, assim como entre a natureza e a arte. Entre as soluções propostas por Yanagisawa, destaca-se o projeto do hall de entrada como uma passagem de transição entre os limites do museu e o parque. Mais especificamente, trata-se de um hall linear, com 140 metros de comprimento e uma parede de vidro contínua voltada para o parque, que abriga tanto as exposições especiais quanto a mostra permanente. Como um corredor em direção à loja do museu, ele também serve de elo entre a arquitetura e a natureza exuberante que o cerca.

  O edifício conta com três andares na superfície e dois subterrâneos. Seu átrio de três pavimentos, projetado para permitir a entrada de luz natural, retrata o fluxo do tempo ao longo do dia, refletindo o estado sempre mutável de luz e sombra. Os dois níveis subterrâneos apresentam alturas de teto variadas — quatro, seis e nove metros. Essa configuração possibilita que os andares recebam uma grande variedade de obras, com soluções tecnológicas avançadas integradas à estrutura. Esse espaço singular, perfeito para a contemplação da arte moderna, exala uma elegância à altura do design sofisticado e da precisão emblemática da Grand Seiko.

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  Jardins Kiyosumi

  Situado no bairro de Koto, em Tóquio, o Jardim Kiyosumi é conhecido por oferecer aos visitantes uma experiência única em meio a flores sazonais e aves silvestres. Trata-se de um “jardim de passeio”, estruturado com um amplo lago no centro — um estilo tradicionalmente adotado nos jardins pertencentes aos senhores feudais durante o período Edo do Japão (1603–1868). Preservado no período Meiji, esse estilo encontrou sua expressão mais refinada nos Jardins Kiyosumi, onde foi plenamente aperfeiçoado e consolidado.

  Em 1878, Yataro Iwasaki, fundador da Mitsubishi, comprou os terrenos onde havia uma antiga residência feudal, com uma área de aproximadamente 100.000 metros quadrados. Um grande lago foi criado com águas canalizadas do rio Sumida, e pedras vindas de diferentes partes do Japão foram espalhadas pelo local. O parque foi inaugurado em 1880 com o nome “Fukagawa Shimbokuen”, que significa Jardim da Amizade de Fukagawa. Após sofrer danos relativamente leves no Grande Terremoto de Kanto, em 1923, a metade oriental do parque foi doada à Cidade de Tóquio no ano seguinte. Após um processo de reurbanização, a área foi oficialmente reaberta como Jardins Kiyosumi em 1932.

  Com um mostrador que reflete a luz em ângulos variados, o modelo SLGA021 da coleção Evolution 9 evoca a serenidade da superfície do Lago Suwa, em Nagano, levemente agitada pelas brisas do amanhecer. O fluxo silencioso do tempo se entrelaça com as ondulações do lago e com a luz do sol em constante mutação no Jardim Kiyosumi — um refúgio abençoado por abundante beleza natural, mesmo situado no coração pulsante de Tóquio.

  Texto de Taka Kawachi